O que é e como surgiu?
A Osteopatia Pediátrica é um conceito relativamente recente em Portugal, ao contrário de alguns países da Europa - França, Inglaterra, Bélgica. " Podemos dizer que a osteopatia Infantil ou Pediátrica é uma área da Osteopatia e não é mais do que a Osteopatia adaptada à estrutura e ao crescimento do bebé e da criança.
Se há algo que diferencia a Osteopatia em adultos e a Osteopatia em bebés e crianças é o facto de estes estarem em fase de crescimento e formação.
É de extrema relevância trabalhar na fase de crescimento, pois qualquer indício de que algo não se está a formar bem, temos a oportunidade de corrigi-lo, na medida do possível: as deformações vertebrais que iriam produzir uma escoliose, as deformações dos ossos do crânio que produzem uma plagiocefalia, o mau alinhamento corporal que produz um valgo ou varo dos joelhos e pés; podemos incidir nas correcções posturais da coluna, pelvis, marcha. Em Osteopatia Pediátrica trabalha-se a favor da inércia do crescimento e da expressão cinética dos tecidos em formação."
O que trata a Osteopatia pediátrica?
O bebé é sujeito a muitas pressões na barriga da mãe. Conforme a gravidez avança o bebé cresce e o espaço para ele se mover vai diminuindo proporcionalmente. O momento do parto é mais um factor de compressão do bebé, quer pela expulsão pelo canal vaginal quer pela incisão da cesariana, tal como a compressão que sofre com as contracções do trabalho de parto.A utilização de ventosas ou fórceps acrescentam mais um factor de compressão, tal como os estimulantes das contracções (para provocar o parto). Todos estes factores provocam alterações no corpo do recém-nascido, por vezes visíveis, como é o caso dos torcicolos e das assimetrias do crânio logo ao nascer, mas estas alterações muitas vezes passam despercebidas, mas são postas em evidência na avaliação osteopática. As alterações referidas podem ter como causa todas estas forças de compressão e torsões a que o bebé é sujeito.A osteopatia pediátrica utiliza técnicas suaves, muito centradas no crânio do bebé, pois é desta região que saem estruturas responsáveis pela deglutição, sucção, tal como para o sistema digestivo (estômago, fígado, intestinos..).
A abordagem do "esperar e ver se" passa não pode ser uma opção viável. Esperando os sinais de atraso do desenvolvimento neurológico antes de agir não é eficaz, especialmente quando podemos avaliar o desenvolvimento normal, direccionado para a inibição dos reflexos primitivos na altura adequada e do trabalho a nível do controlo motor, que se desenvolve da cabeça aos pés.
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