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Coluna Vertebral e degeneração do disco intervertebral

HÉRNIAS DISCAIS - O QUE SÃO E O QUE PROVOCAM
 
As vértebras (ossos que formam a coluna vertebral) estão separadas por discos cartilaginosos e cada disco é formado por um anel fibroso externo e uma parte interna mole (núcleo pulposo) que actua como amortecedor durante o movimento das vértebras. Se um disco degenerar (por exemplo, por causa de um traumatismo, por envelhecimento ou desidratação), a sua parte interna pode protruir ou rasgar e sair através da capa externa ou anel fibroso formando uma hérnia discal. Este processo é acentuado e acelerado quando há alteração mecânica das estruturas nomeadamente desalinhamentos e desequilíbrios musculares. A parte interna do disco que sai pode comprimir ou irritar a raiz nervosa e pode mesmo lesioná-la.

 
A localização da hérnia discal determinará a zona em que a pessoa sentirá dor, perturbações sensitivas ou debilidade. A gravidade da compressão ou da lesão da raiz determina a intensidade da dor ou dos outros sintomas.
 
HÉRNIAS LOMBARES
As hérnias podem surgir em qualquer nível da coluna, sendo mais comuns na lombar seguidas das hérnias da cervical.  As hérnias discais na zona inferior das costas (coluna lombar) costumam afectar a lombar ou/e uma perna. Tais hérnias podem causar dor lombar e também ao longo do nervo ciático, cujo trajecto vai da coluna às nádegas, às pernas e ao calcanhar (dor ciática). As hérnias discais quando se tornam mais volumosas na zona lombar podem provocar sintomas mais debilitantes levando a tratamento cirúrgico inevitável.



DEVE PROCURAR TRATAMENTO DE UM OSTEOPATA CREDENCIADO NO INÍCIO DA SINTOMATOLOGIA QUANDO PODE SER MUITO EFICAZ A SUA ACTUAÇÃO, tratando a alteração mecânica que levou a esta hérnia evitando que aumente ou surjam mais hérnias em níveis adjacentes. Ao evitar o aumento da Hérnia evita-se o agravamento dos sintomas que uma hérnia volumosa pode provocar, nomeadamente a fraqueza muscular e consequentemente atrofia muscular, dificuldade em mexer as pernas, alteração da função intestinal, alteração da capacidade de urinar ou defecar e limitação funcional nas suas actividades do dia-a-dia.
 
 
 
 
DISFUNÇÃO SACRO-ILÍACA EM PACIENTES COM HÉRNIA OU PROTUSÃO DISCAL
Lisiane Piazza, Renata Dall’Agnol, Rodrigo de Freitas Rabello (2010)
 
 
As patologias da coluna vertebral têm adquirido relevante importância nas últimas décadas por afetarem uma parcela importante da população economicamente ativa. De entre elas, estão os deslocamentos do disco intervertebral - protusões ou hérnias discais.

 Inúmeros autores investigaram a presença de disfunção sacroilíaca em pessoas com dor na coluna lombar, porém a presença deste tipo de disfunção não foi muito investigada em pacientes com patologia discal.

 Este estudo teve por objetivo avaliar a presença de disfunção sacroilíaca em pacientes com deslocamento do disco intervertebral - protusão discal e hérnia discal.
Conclui-se, ao final deste estudo, que a disfunção sacroilíaca está presente em muitos casos de pacientes com deslocamento do disco intervertebral, sendo deste modo uma das regiões mais importantes a ser tratada do ponto de vista osteopático.
 
 
SACROILIAC DYSFUNCTION IN PATIENTS WITH INTERVERTEBRAL DISK DISPLACEMENT
Lisiane Piazza, Renata Dall’Agnol, Rodrigo de Freitas Rabello - Physical
 
The spine pathologies has considerable importance in recent decades because affected a significant proportion of the economically active population, among which are the intervertebral disk displacement. Many authors have investigated the presence of sacroiliac joint dysfunction in people with lumbar pain, however, the presence of this type of dysfunction was not much investigated in patients with disc pathology. This study aimed to evaluate the presence of sacroiliac joint dysfunction in patients with intervertebral disk displacement.
We concluded at the end of this study that the sacroiliac joint dysfunction is present in many cases of patients with intervertebral disk displacement.
 
 
 
"A herniação do disco intervertebral é um evento específico que ocorre como complicação da degeneração do disco. Ela é encontrada em 95% dos casos nos
espaços L4-L5 e L5-S1, que são pontos de maior stress e mobilidade da coluna vertebral (Salter, 2001). De acordo com Ricard & Sallé (2002), muitas das
disfunções vertebrais têm como origem desequilíbrios na pélvis, pois ela está sujeita à mesma função cinesiológica do restante do aparelho locomotor, sendo
acometida sempre que houver aplicação de carga maior que a fisiológica (Kapandji, 2000), podendo tornar-se hipomóvel ou hipermóvel, com lesões, resultando em dor e disfunção (Smith, Weiss & Lehmku, 1997), o que a
caracteriza, desta forma, como uma das regiões mais importantes a ser tratada do ponto de vista osteopático (Ricard & Sallé, 2002) ."












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